Hoje foi dia de correria. Avancei um pouco em questões relativas ao site do CARBONA, merchandising e outras coisas que a gente pretende acertar e alinhar com o novo disco. Além do prazer de colocar novas músicas em um novo disco, a gente pretende dar uma "arrumada na casa. Este é o nosso primeiro lançamento em que o digital é via principal e o físico um complemento. Obviamente "prensaremos" cd, venderemos o cdzinho, mas todos o trabalho de divulgação vai priorizar o digital. A web não é novidade pro Carbona. Desde os primeiros dias de banda, em tempos em que a internet iniciava sua arrancada, a gente trabalhou com as ferramentas, divulgou a banda em outras paises, fez uma turnê nos EUA e Canada 100% agendada pela web, viu nascer fotolog, blog, e outros ogs, mas desta vez parece que o digital é o caminho e o físico um complemento. Enfim o Carbona segue conectado!

Falando ainda em conexão, tenho pensando muito sobre os meses e quase 3 anos que passei sem compor muito. Depois de 10 anos, 120 canções , 8 discos, mais de 500 shows, me vi enfrentando um período escasso. Onde a vontade e a curtição de compor não conseguiam ser mais forte do que esse algo que me fez ficar longe . O processo em si é por vezes angustiante mas ao mesmo tempo interessante. Desde sempre, costumo curtir mais as músicas que faço em "ondas" isto é, aquelas que são feitas em grupos. Durante anos escrevia musicas de forma constante, mas as vezes , em um fim de semana escrevia algumas delas. Estas costumam ser minhas preferidas. Desta vez, não foi diferente. Há um tempo, vinha percebendo uma insatisfação tremenda com 1) não conseguir me satisfazer com composições feitas 2) não ter força par compor a ponto de curtir no dia seguinte as gravações feitas com celular ou câmera digital. Atribuo duas coisas, o avanço nas composições o resgate da satisfação de fazer o disco: Uma conversa com Melvin que se resumiu a "faz o que a gente sabe e o que você quer , quem quiser que domestique numa próxima oportunidade". Isso combinado com o resgate do prazer de ouvir bandas que admirei e que me fascinaram com poucos acordes fizeram a roda girar. "Retro Pop Remasters" do Parasites,"Cork the Clown" do NOFX e os dois discos solos do KEPI. Passei a ouvir estes discos em base diária e aos poucos fui percebendo que a "onda" batia. Um vídeo que considero transformador foi uma apresentação do Kepi, líder do extinto Groovie Ghoulies, tocando na Generation records em Nova Iorque. Nos apresentamos com o Ghoulies em 1998 no Canada e de lá pra cá, ano após ano, via Kepi enfileirar centenas de show. Com fim da banda e do casamento com Roach, achei que o cara fosse desacelerar e eis que de repente vejo o cara tocando na Generation, com ( se nao me engano) com Kevin Seconds batucando num case de guitarra uma canção como "Hey Kepi let´s go". Nessa onda, cheguei com extremo prazer num disco de 12 músicas que juntas somam 25 minutos se muito. Um disco que depois de muito tempo estou louco pra gravar. Abaix, uma sacada no video do Kepi.
Por ultimo... um pouco do processo de composição ilustrado em still de videos caseiros. No primeiro, compondo em casa. No segundo, o video que fiz com o mapa das musicas e enviei para os Carbona e finalmente, um ensaio com os novos sons.



Paz e Rock!