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UM OLA SOBRE CINGAPURA!

Hoje é dia corrido. À noite estou indo pra Curitiba , amanhã dia 28 faremos shows por lá no Porão e no mesmo dia à noite, a gente segue para o Curupira em Guaramirim. Os dois shows ao lado dos Magaivers. Vamos revisitar a Chicletour! Muito boa a sensação de fazer um disco, voltar às cidades e sentir que o rock segue firme! Os discos chegaram nas bancas, com um pequeno atraso, mas lá estão. Um cd FODA, que traz dentre outras, VIDE BULA, EU SOU DOENTE, AMOR DE SUPERMERCADO. LUNÁTICO, LINDOS REFRÕES, JOGA OS DADOS. (Parece escalação de futebol!). Um cd bem gravado, com uma revista cheia de matérias relevantes por um preço muito do justo: R$ 14,90 . O clipe de Lunático está por conta de algumas burocracias de registro e em questão de dias está no ar. “Apuros em Cingapura” é um disco que chega com novidades. Novidades na forma. Ontem entrei pela primeira vez na comunidade do CARBONA para dar uma olhada nas coisas pós lançamento do disco. (A correria ta foda. Trabalho, trabalho, muito trabalho) É genial ver o disco chegando, as pessoas comprando numa data “X” de lançamento, experimentar uma situação de distribuição é interessante. MUITO FODA É O APOIO QUE ESTAMOS TENDO DE PESSOAS QUE SE “ALISTARAM” PARA AJUDAR NA DIVULGAÇÃO DO DISCO. UMA EXPERIÊNCIA NOVA E GRATIFICANTE. QUE SE TORNA COMBUSTÍVEL ENVENENADO PARA UMA BANDA INDEPENDENTE. ISSO NUNCA ACONTECEU ANTES E MAIS UMA VEZ FICA AQUI NOSSO OBRIGADO. Interessante também chegar na comunidade e ver discussão de “música”. Impressões das mais variadas, impressões baseadas na música que a gente faz! Vejo as pessoas envolvidas com mais um disco e isso é animador. Durante algum tempo, a coisa meio que degringolou na comunidade, girava muito em torno de chatices que em nada tinham a ver com música. Acho que um novo disco trás de volta a música! O Apuros é um disco provocante. Um disco não diferente , mas com diferenças em músicas muito boas! Diferenças no vocal, diferenças nas guitarras. A base do som é a mesma. Aliás (risos) literalmente as mesmas, e isso não tem mesmo como mudar pois é o CARBONA, é o que a gente gosta. A D E , A F#m D E. Ok tem coisas em B também vai. Mas nossa onda está lá! APUROS EM CINGAPURA é um disco pra ser ouvido com foco na canção. Na curtição de ouvir música. Música que você gosta ou não gosta. E obviamente as duas opções são cabíveis na nossa e em qualquer música. Acho curioso as vezes a tendência que temos de justificar certas coisas, pro bem ou pro mal (E JÁ ME PEGUEI FAZENDO ISSO VÁRIAS VEZES) , como se houvesse um livro de “condutas” em cima da carreira de outros artistas. Se o Nirvana fez isso em determinado disco, então está aceitável. Se o Ramones fez aquilo em tal disco, então isso é aceitável. SE VOCÊ FOSSE UM ROBÔ por exemplo, uma balada de Violão foi feito a partir da influências de baladas que abrilhantavam discos como FIDATEVI de Bem Weasel tocando violão e piano, ou ainda como a balada de violão e voz do MR T Experience em Our Bodies Our Selves. Mas sinceramente, acho desnecessário ficar dando este tipo de justificativa pois acho que a música deve estar acima disso. Se uma música, uma melodia, uma letra é boa, ela deve ser boa independente dos rótulos ou de justificativas . Não queremos justificar nossa música e sim escreve-la, vive-la! APUROS EM CINGAPURA é um apanhado de tudo que fizemos ao longo dos quase 10 anos de banda com duas novidades: vocal que vem ao longo do tempo sofrendo alterações e guitarras que pela primeira vez passam a ser abafadas. Acho interessante falar um pouco sobre isso. O Vocal como todo mundo sabe, como já falei em algumas entrevistas e na própria revista está mudando . Não que eu esteja aprendendo ou não a cantar. Mas tenho dedicado sim desde o Cosmicômica, tempo a uma busca de um vocal próprio, que tenha a minha cara, que seja um vocal do Henrique e não uma cópia do vocal do Bem Weasel. Nunca tinha cantado até o primeiro disco do CARBONA. A única forma que eu encontrei de cantar foi rasgando a voz pois era a referência de um dos meus ídolos e desta forma eu desafinava menos. De forma alguma isso diminui, ou invalida os discos antigos. Muito pelo contrário. Não haveria forma melhor de grava-los pelo simples fato deles terem sido gravados assim. Isso os fazem especial, isso os fazem excelentes e talvez dos melhores! Mas acredito que as coisas acontecem dentro de um contexto. E Ultimamente tenho me sentido motivado a encontrar um vocal próprio, um vocal BADKE e não WEASEL. Por que o cara é foda, ele é o Bem Weasel, não eu. E pra mim isso meio que foi perdendo o sentido. Foi daí que resultou um vocal mais limpo, mais BADKE. No Cosmicômica já tinha sido assim em algumas músicas e Apuros avança cada vez mais nessa direção. A outra mudança que tivemos diz respeito às guitarras. Neste disco mexemos mais com dinâmicas de guitarras . E as diferenças estão mais nas bases do que dos solos. Nos solos, na grande maioria deles, voltei aos primeiros anos da banda, incluindo riffs clássicos de rock, que andavam sumidos e que nos fez sentir falta. Guitarras abafadas tem sido uma curtição pra gente. Ao vivo dá um gás , e no estúdio uma dinâmica às músicas. Pra gente foi uma grande bola dentro. Apuros em Cingapura trouxe também duas músicas do Cosmicômica: VERTIPLANO e LUIZA DENIZOT. A possibilidade de gravar na Toca do Bandido nos incentivou a trazer duas músicas que curtíamos do Cosmicômica que foi um disco que teve alguns problemas de distribuição. Achamos que seria uma oportunidade de trazer um pouco de um disco que a gente adora, mas que não foi muito trabalhado. A gente agora se prepara pra cair na estrada em mais um ano de trabalho. A melhor de todas as fases. Encontrar as pessoas nos shows. Como fizemos ao longo dos 10 anos, faço questão de agradecer mais uma vez a todos que acompanham nosso trabalho: AGRADECEMOS MAIS UMA VEZ AO SUPORTE E A INTERAÇÃO DE TODOS. OS EMAILS , AS MOVIMENTAÇÕES, O INTERESSE EM OUVIR O SOM, O INTERESSE EM FALAR SOBRE O SOM. HÁ 10 ANOS A GENTE VEM CONSTRUINDO UMA CARREIRA DE MUITO TRABALHO SEMPRE SOBRE O FORTE APOIO DE VOCÊS.

PAZ E ROCK!

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