Consigo resgatar a imagem dela facilmente, sem fazer o menor esforço. Isso se deve ao fato de eu pensar nela pelo menos uma vez à cada estação, ou seja , quatro vezes no ano, que multiplicados pelos 14 anos, nos leva ao número mínimo de 56 noites em que pensei nela. Taí uma conta estúpida. Estúpida mas feita! Dinamarquesa, morava com um gato, usava sobre-tudo fizesse chuva ou sol, tinha cabelos laranja, mas com uma mecha cinza, usava botas de combate, uma mochila preta de pano, arrotava, e usava uma medalha preta, com uma pedra negra fincada bem no centro, que me foi dada como presente junto com uma foto sua. Não tenho mais a medalha. Não tenho mais a foto. Mas tenho uma conexão forte que me faz sentar aqui e escrever sobre ela. Quando a encontrei pela primeira vez, pensei uma série de besteiras. A segunda vez , idem. A imaginei morando num caixão, fazendo rituais. Quando a conheci, fiquei enlouquecido. O olhar expressivo, o YAH nórdico, o sorriso lindo envolto num sobre tudo espesso