Consigo resgatar a imagem dela facilmente, sem fazer o menor esforço. Isso se deve ao fato de eu pensar nela pelo menos uma vez à cada estação, ou seja , quatro vezes no ano, que multiplicados pelos 14 anos, nos leva ao número mínimo de 56 noites em que pensei nela. Taí uma conta estúpida. Estúpida mas feita!
Dinamarquesa, morava com um gato, usava sobre-tudo fizesse chuva ou sol, tinha cabelos laranja, mas com uma mecha cinza, usava botas de combate, uma mochila preta de pano, arrotava, e usava uma medalha preta, com uma pedra negra fincada bem no centro, que me foi dada como presente junto com uma foto sua. Não tenho mais a medalha. Não tenho mais a foto. Mas tenho uma conexão forte que me faz sentar aqui e escrever sobre ela.
Quando a encontrei pela primeira vez, pensei uma série de besteiras. A segunda vez , idem. A imaginei morando num caixão, fazendo rituais. Quando a conheci, fiquei enlouquecido. O olhar expressivo, o YAH nórdico, o sorriso lindo envolto num sobre tudo espesso e pesado, exercia o mesmo fascínio que as luzes, quando acesas nos espetáculos em salas escuras.
Saímos algumas vezes pra comer pizza de pepperoni Tomávamos Pepsi, nunca Coca. Numa dessas vezes, eu vi a morte passando entre os carros parados no estacionamento. Comentei com ela e a deixei com medo. Nunca vi nada, nem senti nada de estranho em toda minha vida. Estranho mesmo é o que sua mente é capaz de fazer. Mas acreditem amigos, naquele dia eu vi a morte. E assustei aquela que pra mim era uma assombração.
Naquela época já era louco por música. Não me lembro de ter falado um nome de banda sequer com ela. Falávamos de filmes. Filmes de terror. Ela adorava hellraiser. Eu não. OK menti para vocês, a convidei para ir comigo num show do Poison Idea, ela disse não. Eu fui. Sendo assim pelo menos um nome de banda eu falei. Sei que ela gostava de Skinny Puppy. Um dia ela foi ao banheiro, apertei play em seu walkman: sombrio, industrial, estranho. Abri a tampa e li o nome. Skinny Puppy. Ela voltou pra mesa, olhou nos meus olhos, riu e com uma pronúncia muito pesada disse – “Badke”! , eu disse: Wencha. Ela me corrigiu: Not Wencha! Wencchhhhhhhha!
Dinamarquesa, morava com um gato, usava sobre-tudo fizesse chuva ou sol, tinha cabelos laranja, mas com uma mecha cinza, usava botas de combate, uma mochila preta de pano, arrotava, e usava uma medalha preta, com uma pedra negra fincada bem no centro, que me foi dada como presente junto com uma foto sua. Não tenho mais a medalha. Não tenho mais a foto. Mas tenho uma conexão forte que me faz sentar aqui e escrever sobre ela.
Quando a encontrei pela primeira vez, pensei uma série de besteiras. A segunda vez , idem. A imaginei morando num caixão, fazendo rituais. Quando a conheci, fiquei enlouquecido. O olhar expressivo, o YAH nórdico, o sorriso lindo envolto num sobre tudo espesso e pesado, exercia o mesmo fascínio que as luzes, quando acesas nos espetáculos em salas escuras.
Saímos algumas vezes pra comer pizza de pepperoni Tomávamos Pepsi, nunca Coca. Numa dessas vezes, eu vi a morte passando entre os carros parados no estacionamento. Comentei com ela e a deixei com medo. Nunca vi nada, nem senti nada de estranho em toda minha vida. Estranho mesmo é o que sua mente é capaz de fazer. Mas acreditem amigos, naquele dia eu vi a morte. E assustei aquela que pra mim era uma assombração.
Naquela época já era louco por música. Não me lembro de ter falado um nome de banda sequer com ela. Falávamos de filmes. Filmes de terror. Ela adorava hellraiser. Eu não. OK menti para vocês, a convidei para ir comigo num show do Poison Idea, ela disse não. Eu fui. Sendo assim pelo menos um nome de banda eu falei. Sei que ela gostava de Skinny Puppy. Um dia ela foi ao banheiro, apertei play em seu walkman: sombrio, industrial, estranho. Abri a tampa e li o nome. Skinny Puppy. Ela voltou pra mesa, olhou nos meus olhos, riu e com uma pronúncia muito pesada disse – “Badke”! , eu disse: Wencha. Ela me corrigiu: Not Wencha! Wencchhhhhhhha!