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Copa e o Poeta, CDs no forno e Novos formatos 2!

Existe aqui no Rio, mais precisamente na Praia de Copacabana, uma estátua de bronze do Carlos Drummond de Andrade sentado em um dos bancos do calçadão, como se tivesse olhando as pessoas transitarem por ali. Algumas vezes já me perguntei por que não colocaram ele virado pro mar? Apesar que , dada a vasta diversidade do bairro, olhar o calçadão ali pode ser um grande passatempo! Mas isso não vem ao caso. Estava eu dirigindo pela Atlântica, sinal fechado e meu carro pára em frente à estátua do poeta, só que dessa vez ele não estava sozinho. Tinha um "cara" abraçado ao poeta falando com ele. O sinal era daqueles demorados e fiquei quase um minuto hipnotisado pela cena. Fiquei com a impressão de que aquele cidadão que argumentava e gesticulava, não recebia atenção semelhante há muuuuuuuuito tempo. E o poeta tava ali, na dele, ouvindo tudo sem perder a calma. Fiquei com aquilo na cabeça. Sem dúvida o ponto alto do dia.

Mas vamos ao rock...hoje de manhã fui até o lugar onde estão sendo produzidos os cds do EP que gravei e fiquei bem satisfeito com o acabamento do cd. Fiquei com a sensação de que estou perto de achar uma fórmula para disponibilizar música num formato barato e interessante. Um cd que tenha conteúdo, bastante conteúdo com som e imagem, e que tenha os investimentos gráficos reduzidos para baratear o preço final. A caixa também é substituída por uma capa com este mesmo fim. A idéia é adaptar um pouco o formato aos novos hábitos de consumo de música. As pessoas de fato não comprar mais cd. E se isso ontem era um exagêro, hoje já não é mais e amanhã será uma realidade. Não conheço número de vendas do mercado fonográfico major mas no "indie" eu conheço e posso dizer que à cada dia que passa as pessoas compram mais "camisetas" e "menos cds". Mas talvez, a grande causa seja o preço final de um cd. Todos sabem que o preço de um cd é abusivo e que se paga por algo que se usa muito pouco. Em tempos de IPODs , MP3 players, a coisa vai ficando ainda mais dramática. Fato é que ainda estamos falando de uma pequena parcela da população brasileira, mas com certeza com grande participação no consumo de discos. Minha expectativa é que disponibilizando um disco barato, as pessoas se interessem pelo cd. Principalmente um cd que além de tocar no som, traz arquivos nos formatos que todos estão acostumados a consumir música como mp3 e mpgs. Um preço que se justifique até mesmo pela comodidade, pois é muito chato ficar baixando um disco inteiro na internet. O cara não comprará o disco apenas pelo que toca no som, mas tb pelos arquivos que ele vai poder ouvir e ver no computador. As músicas do EP "Uma Vida três acordes" estão há muito tempo na internet , de graça, para quem quiser ouví-las em http://www.tramavirtual.com.br/badke agora, quem quiser , além de ouví-las, ver como foram gravadas, ouvir arquivos de composição, ver e ouvir execução dos diferentes canais de gravação, dentre outras curiosidades, compra o cd e terá acesso a 500 mega de info que se por um lado estará na internet tb, por outro, torna-se muito mais cômodo pagar R$6,00 à R$8,00 em um cd e não ter que baixar nada. Acho que desse forma, aumenta a possibilidade de ser remunerado com música e continuar produzindo, já que a idéia não é condicionar a experiência musical a um resultado unicamente financeiro. Estúdio é caro e quando você põe música de graça na internet, você não recebe um centavo por isso. Talvez adequando o cd aos novos hábitos de consumo , a gente consiga vender mais cds. E assim...o rock rolla! Paz!

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